E Se Formos Insultados?

“O insensato revela de imediato o seu aborrecimento, mas o homem prudente ignora o insulto.” (Provérbios 12.16)

No dia-a-dia é muito comum nos depararmos com situações inesperadas que nos desagradam. É interessante notar que, como se isso fosse proposital, as situações que mais evitamos acabam se repetindo com maior freqüência. E eu diria que, para aqueles que vivem para Cristo, aquilo que mais os incomoda é o que provavelmente vai acontecer ao longo do dia, até que a pessoa aprenda a depender do Espírito de Deus para que ela esteja apta a ignorar tal sentimento negativo, reconhecendo sua dependência de Deus em submissão a Ele.

Mas, afinal de contas, qual postura Deus espera que tenhamos frente ao que nos causa aborrecimento? A Palavra de Deus nos exorta a ignorarmos os insultos, as afrontas que são lançadas sobre nós. Na teoria tudo é maravilha, mas quando chega a hora da aplicação prática, a coisa muda de figura. No entanto, é percebendo que por nós mesmos não somos capazes, que aprendemos a depender de Deus e a pedir que Ele nos ensine a ignorar as ofensas. Nós nunca teremos nada a perder se nos calarmos frente a uma afronta, mas a partir do momento em que tentarmos nos defender baseados naquilo que estamos sentindo, por impulso, estaremos nos tornando iguais, ou piores, do que aqueles que nos ofendem.

Ao ignorarmos uma ofensa, provavelmente estaremos indo na contra-mão daquilo que a nossa vontade nos manda fazer, mas devemos ter em mente que aquEle que nos criou e que cuida de nós sabe qual é a melhor maneira de agir, e nos ordena a agirmos a exemplo do Seu Filho. Se quisermos ser exemplos e espalhar a imagem de Deus através de nossas ações não devemos nos comportar como aqueles que ainda não conheceram o amor de Deus agem. Antes, devemos amar nossos inimigos e, a exemplo de Jesus pregado lá naquela cruz, dizer a Deus: “Pai, perdoe-os, pois eles não sabem o que fazem”. Mesmo que nossos ofensores estejam agindo conscientemente e querendo nos ofender, eles estão cegos pelo pecado de suas vidas, e devemos ter a consciência de que antes de sermos lavados pelo sangue de Jesus, vivíamos em condição semelhante a eles e fazíamos as mesmas coisas. Eles carecem do amor de Deus, ao qual já fomos apresentados, e nós somos aqueles que têm a obrigação de mostrar na prática o amor verdadeiro, que vem de Deus, e que é capaz de livrar o homem do castigo eterno.

“Ele não cometeu pecado algum, e nenhum engano foi encontrado em sua boca. Quando insultado, não revidava; quando sofria, não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga com justiça.” (1 Pedro 2.22-23)