Semeando com Alegria

“Honre o Senhor com todos os seus recursos e com os primeiros frutos de todas as suas plantações; os seus celeiros ficarão plenamente cheios, e os seus barris transbordarão de vinho.” (Provérbios 3.9-10)

Muitos louvam a Deus e agradecem a Ele com palavras pelas bênçãos derramadas em suas vidas, mas, quando se trata de demonstrar essa gratidão de maneira prática, colocando a mão no bolso e contribuindo com a obra, a figura é um pouco diferente. Há quem diga que não dar o dízimo é roubar a Deus (Malaquias 3.8-9). Não dar o dízimo é deixar de reconhecer de onde vêm nossos recursos e, ainda por cima, perder o privilégio de contribuir com a obra de Deus e também edificá-la.

Quando lemos as palavras de Paulo, em 2 Coríntios 9.7, ele diz: “Cada um dê conforme determinou em seu coração, não com pesar ou por obrigação, pois Deus ama quem dá com alegria.”. Devemos contribuir com alegria, pois aquele que é maduro na fé reconhece de onde vêm todas as suas provisões, pois Deus provê tudo o que realmente necessitamos, e tudo o que necessitamos pode se tratar simplesmente de paciência, amor para com os outros, paz, tranqüilidade etc. Não devemos olhar somente para a esfera material, mas também, e principalmente, para aquilo que nos edifica e permanece em nós ao invés de se estragar com o tempo. Davi disse, em 1 Crônicas 29.16-17, que “Ó Senhor, nosso Deus, toda essa riqueza que ofertamos para construir um templo em honra do teu santo nome vem das tuas mãos, e toda ela pertence a ti. Sei, ó meu Deus, que sondas o coração e que te agradas com a integridade. Tudo o que dei foi espontaneamente e com integridade de coração. E agora vi com alegria com quanta disposição o teu povo, que aqui está, tem contribuído.” Percentuais à parte, Deus não está interessado em quantidade, mas sim em como está o nosso coração no momento em que ofertamos. Não importa se serão 10% ou 50% de nossa renda, contanto que seja com alegria e reconhecimento verdadeiros diante de Deus.

Devemos ter a certeza de que nada daquilo que podemos ofertar a Deus vem de outra fonte a não ser dEle mesmo. Quando ofertamos dos primeiros frutos do nosso trabalho, reconhecendo de onde esses frutos vêm estamos nos prostrando diante de Deus em gratidão e reconhecendo que é Ele quem nos supre. Tudo o que fazemos, ou deveríamos fazer, é, na verdade, utilizar dos recursos que Deus nos dá para que possamos ajudar outras pessoas ao invés de olharmos somente para o nosso próprio conforto (1 João 3.17-18; Efésios 4.28). Cuidando bem daquilo que Deus confia a nós estaremos honrando a Deus de maneira singular e agradável a Ele. Não desperdicemos esse privilégio de sermos mordomos de Deus, mas sim façamos tudo de maneira a louvar e a glorificar a Deus. E isso começa com o reconhecimento de que Ele é quem nos supre em todos os momentos tão-somente O busquemos em primeiro lugar nas nossas vidas. Deus conhece as intenções de nossos corações e sabe muito bem de que forma pretendemos utilizar os recursos por Ele confiados a nós.

“Vocês cobiçam coisas, e não as têm; matam e invejam, mas não conseguem obter o que desejam. Vocês vivem a lutar e a fazer guerras. Não têm, porque não pedem. Quando pedem, não recebem, pois pedem por motivos errados, para gastar em seus prazeres.” (Tiago 4.2-3)